10 setembro 2006

MEU CRISTO

Segue uma das mais belas poesias que já ouvi. É antigona, mas não perdeu ainda a sua mensagem. Procurei por muito tempo, mas finalmente encontrei. Achava que era do Gióia Jr., mas agora descobri de quem é. Copiei do União Net. Ótima semana a todos!
 

MEU CRISTO

(Rev. Thiago Rocha)

 

Neste mundo

há muitos Cristos:

de várias cores, de vários tamanhos.

Cristos feitos, Cristos inventados,

Cristos moldados, Cristos deformados,

Cristos tristes, Cristos desfigurados.

Há Cristo para cada gosto,

cada interesse,

cada objetivo, cada projeto.

 

Há o Cristo das belas artes:

um motivo, como tantos outros,

para expressar uma forma,

ou exibir uma escola

pelo próprio homem criada.

É Cristo para se ver,

apreciar ou criticar,

para exaltar o autor,

seu talento sua invencionice.

É um Cristo despido de autoridade,

sem expressão, sem divindade.

 

Há o Cristo da literatura,

da prosa, do verso,

da forma, do estilo,

do livro famoso,

do "best-seller".

É um Cristo pretexto,

que serve de texto,

dentro de um contexto,

que ajuda seu autor

a faturar mais,

e ser mais lido e procurado.

 

Há o Cristo

das cantigas:

deturpado, maltratado,

irreverentemente tratado.

Aparece na crista das ondas,

estoura nas paradas,

é cantado nos salões,

e circula, aos milhões,

como mercadoria,

para enriquecer as empresas.

É um Cristo de algibeira,

fabricado como produto de consumo.

 

Há, até, o Cristo

do cinema e do teatro.

Sucesso de bilheteria...

É a explosão da arte moderna

fazendo a caricatura

da maior personagem da história.

É o Cristo musicalizado,

encenado, maquinalizado.

É Cristo para espetáculo,

para os olhos, para os ouvidos,

para o lazer

e a higiene mental.

 

Há o Cristo

do crucifixo:

de pedra, de mármore,

de madeira, de metal...

É Cristo para a parede,

para o colo da mocinha,

para o peito piloso do rapaz excêntrico.

É apenas ornamento,

ou simples decoração.

Embora alguns lhe prestem culto,

ele não vê, não ouve, não entende.

 

Há o Cristo dos teólogos:

difícil de entender,

complicado.

É Cristo para eruditos,

para cultos, privilegiados.

É só para ser discutido,

dissecado, analisado,

e aceito intelectualmente.

Não modifica, não transforma,

não regenera, não muda.

É Cristo-aristocrata, de elite.

 

Há, também,

infelizmente,

o Cristo de certos cristãos,

que ainda o tem no túmulo.

É Cristo crucificado,

morto e sepultado,

e ainda conservado

na tumba dura e fria.

É um Cristo que não vive,

porque seus adoradores

ainda estão mortos,

e não despertaram

para uma vida nova,

a vida do próprio Cristo,

da qual, lamentavelmente,

ainda não se apossaram.

 

O MEU CRISTO

não é nenhum desses.

O meu Cristo é o Filho de Deus,

que foi encarnado,

viveu, sofreu, foi condenado,

morto e sepultado,

por causa de meus pecados.

O meu Cristo não ficou preso

na sepultura escura.

Ele ressuscitou, subiu aos céus.

E reina, à direita do Pai.

O meu Cristo

é respeitado, admirado,

cultuado, adorado,

porque está vivo, bem vivo!

O meu Cristo vive

nas palavras que proferiu.

O meu Cristo vive

nos ensinos que deixou.

O meu Cristo vive

nos atos que praticou.

O meu Cristo vive

na obra que realizou.

O meu Cristo vive

nas almas que Ele salvou.

O meu Cristo vive,

eu sei bem disso,

e não tenho nenhuma dúvida,

o meu Cristo

VIVE EM MIM!

 

 
Paulo Adriano Rocha
NINGUÉM PODE TE AMAR COMO JESUS TE AMA!
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