19 julho 2007

INCREDULIDADE X FÉ

Paz, pessoal!

 

Esses dias está acontecendo um Simpósio de Doutrina na minha congregação. Ontem tivemos a 1a palestra e foi sobre PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO. Hoje o tema foi PNEUMATOLOGIA, a Doutrina do Espírito Santo.

 

De início eu achei que não sairia muita coisa, visto que o irmão disse logo que ia fazer uma abordagem diferente (vocês me conhecem, sabem que eu sou super crítico), mas me surpreendi e é por isso que estou escrevendo: Queria dividir um pouco com vocês!

 

Bem, a leitura foi em Lucas 7.18-29. É um texto sobre o qual só ouvi falar algumas poucas vezes na vida. Ele trata sobre o questionamento de João, que na época estava preso, a Jesus. Se ele seria realmente o Messias ou haviam de esperar outro.

 

Para se entender esse texto, devemos retroceder à infância de João, desde antes do seu nascimento. Ele e Jesus eram primos e nunca se conheceram (Jo 1.31-33). Só tiveram contato quando ambos estavam nos ventres de suas mães, pois quando João ouviu a saudação de Maria, saltou de alegria no ventre de Isabel. Depois disso só se encontraram quando Jesus chegou para ser batizado.

 

Quando João começou seu ministério, veio certo de que não era o Messias, nem mesmo um dos profetas que havia ressuscitado. Ele tinha plena consciência de que apenas o seu precursor. Quando começou a batizar com água para arrependimento, ele sabia que estava apenas preparando o povo para receber a Jesus. E tanto no batismo quanto na pregação, não deixava de anunciar: Eu vos batizo com água, mas após mim vem um que vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. E como ele podia afirmar isso? Porque o Deus que o mandou batizar lhe disse isso (Jo 1.33). João estava esperando aquele que viria batizar com o Espírito Santo.

 

Quando João batizou a Jesus teve a confirmação do que Deus lhe havia falado. Ouviu a voz do Senhor e viu o Espírito Santo descer na forma de uma pomba sobre Jesus. A partir daí começou a pregar: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu. E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água... E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus".

 

Mas o tempo foi passando, o ministério de Jesus foi crescendo, seus discípulos batizavam mais pessoas que João (Jo 3.26), tanto que ele próprio chegou a afirmar: "É necessário que ele cresça e que eu diminua". Porque tinha consciência de sua missão. Depois foi lançado no cárcere, por ter pregado contra o pecado de Herodes e lançado numa prisão. E aí João entrou em crise...

Temos que nos lembrar que João esperava ver o sinal cumprido: "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". Mas Jesus não batizou ninguém com o Espírito Santo enquanto em vida. Isso porque, segundo o pregador, só depois da morte de Jesus os homens poderiam ter seus corações purificados, através de seu sangue, para receberem o Espírito Santo. E agora? Depois de tanta pregação, tanta indicação... Nada! Nenhum batismo sequer! Seria Jesus o verdadeiro Messias?

 

E João manda dois de seus discípulos irem a Jesus e perguntarem se Ele era realmente o Prometido. Imagine a reação que João deve ter causado também naqueles dois homens? "Como é que depois de tanto ele falar? Ele mandou que as multidões fossem atrás do outro... E agora ele mesmo não sabe se é". Mas os homens chegam a Jesus e fazem a pergunta. Jesus não responde imediatamente com palavras, Ele sai entre a multidão que lhe está próxima e efetua muitas curas e expulsa demônios. Depois diz àqueles homens: "Ide e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho. E bem-aventurado aquele que em mim se não escandalizar".

 

E o mesmo que aconteceu com João aconteceu com muitas outras personagens bíblicas como Abraão (O Pai da fé!), o pai do menino hidrópico, e acontece muitas vezes conosco também. Nossa fé é abalada de várias formas, pelo tempo, pelas dificuldades, pelas lutas, pela astúcia do adversário e nós fraquejamos. Mas Deus que é misericordioso faz conosco como fez com Abraão. Quando ele duvidou, Deus não disse: "é... entendo... tchau, Abraão. Já que não dá pra ser com você, vou procurar outro homem que realmente creia em mim". Não... Deus o mandou contar as estrelas do céu e disse que daquele modo seria a sua descendência.

 

Da mesma forma, Deus conhece a sua fé, Ele sabe que um dia você já creu realmente na promessa que Ele te fez, mas hoje... Depois de tempos passados... Você já não crê como antes.. Mas pode dizer com o pai do menino hidrópico: "Senhor, ajuda a minha incredulidade". Deus não está disposto a desistir de você, mas está disposto a te dar um sinal de que você pode caminhar mais uns dias até que a promessa se cumpra.

 

Em suma, a mensagem foi essa, mas foi de uma forma muito mais profunda, muito mais trabalhada. Não foi aquela coisa emocionalista que muitas ouvimos, foi... Foi super diferente! O pregador falou sobre o Espírito Santo de outra maneira... Foi... Excepcional! Ele falou mais de uma hora, o culto encerrou quase às 22h e não saiu ninguém, porque a mensagem foi de Deus mesmo.

 

Leia o texto bíblico e ore, tenho certeza que Deus pode falar algo mais ao seu coração.

 

Bom fim de semana!

 

 

Paulo Adriano Rocha

NINGUÉM PODE TE AMAR COMO JESUS TE AMA!

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